domingo, 18 de novembro de 2012
sábado, 17 de novembro de 2012
Como se mede uma pessoa? Os tamanhos variam conforme o grau
de envolvimento. Ela é enorme pra você quando fala do que leu e viveu, quando
trata você com carinho e respeito, quando olha nos olhos e sorri destravado. É
pequena pra você quando só pensa em si mesmo, quando se comporta de uma maneira
pouco gentil, quando fracassa justamente no momento em que teria que demonstrar
o que há de mais importante entre duas pessoas: a amizade.
Uma pessoa é gigante pra você quando se interessa pela sua
vida, quando busca alternativas para o seu crescimento, quando sonha junto. É
pequena quando desvia do assunto.
Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende, quando
se coloca no lugar do outro, quando age não de acordo com o que esperam dela,
mas de acordo com o que espera de si mesma. Uma pessoa é pequena quando se
deixa reger por comportamentos clichês.
Uma mesma pessoa pode aparentar grandeza ou miudeza dentro
de um relacionamento, pode crescer ou decrescer num espaço de poucas semanas:
será ela que mudou ou será que o amor é traiçoeiro nas suas medições? Uma
decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande. Uma
ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo.
É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas se
agigantam e se encolhem aos nossos olhos. Nosso julgamento é feito não através
de centímetros e metros, mas de ações e reações, de expectativas e frustrações.
Uma pessoa é única ao estender a mão, e ao recolhê-la inesperadamente, se torna
mais uma. O egoísmo unifica os insignificantes.
Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma
pessoa grande. É a sua sensibilidade sem tamanho.
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