quinta-feira, 2 de junho de 2011




Queria conseguir falar dessa felicidade toda que tá aqui dentro. Desse sentimento puro e lindo e iluminado que surgiu em meio a uma tempestade, um tormento... Mas não dá, sabe? A ausência de palavras se dá quando a dona felicidade bate a nossa porta! E eu abro! Ah! eu abro: portas, janelas, peito e alma pra ela entrar. Mas falar? Não... Falar não dá. Aí é pedir demais. A dona felicidade pede silêncio, intensidade de momento, cuidado ao abrir a boca! Ela quer que a gente feche os olhos e olhe pra dentro! Ela me pediu bem isso... Me chamou de Sol! Logo eu que carrego a chuva comigo, que sou tempo nublado constantemente, mas ela disse e disse bem devagarinho acho que pra que eu acreditasse: "Sol, fecha os olhos e confia em mim. Deixa eu cuidar do seu lado de dentro. De onde eu venho tudo é interno, tudo é silêncio." E eu fechei. E eu tô aqui! A gente não morre ao acreditar, entende? E eu achava que se entregar ao desconhecido assim era arriscado demais. Tem coisa mais estranha e desconhecida pra gente do que a gente mesmo? Mas faz um bem enorme. Queria conseguir falar dessa felicidade toda que me invade e instala e pede abrigo. Dessa palavra indecifrável que é: Felicidade. Dessa corrida maluca que é caminhar por dentro pra tentar encontrá-la, mas não consigo. Ser feliz tem me ensinado a falar menos e viver mais. Talvez esse seja o verdadeiro propósito dessa senhora baixinha e balofa que chega num sábado à tarde, numa quarta à noite e vai embora quando menos se espera. Ei, dá pra acreditar que ela me chamou de Sol? Agora além de alma sou quente. Sou luz, energia, meu próprio caminho.Sou felicidade habitando em mim. Eu sou. Sol "soul".


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