segunda-feira, 30 de maio de 2011


Parei pra relembrar as coisas e pessoas que já passaram na minha vida e, bateu uma saudade... Uma vontade de reviver tudo ou quase tudo aquilo. Junto com a saudade, uma vontade de ter o poder de voltar no tempo e fazer diferente, ou não fazer, ou não ir por aquele caminho, ou não ter dito certas coisas, ou não ter confiado em certas pessoas, ou não ter ferido pessoas tão queridas... Mas passou e me dei conta de que tudo passa, não é mesmo?
A vida é muito curta e pensar não vai resolver grande parte dos problemas que existem nela e nem desvendar seus mistérios, então, vivamos sem medo nenhum de ser feliz ou de sofrer. Vamos nos jogar na vida e procurar a nossa felicidade diária, momentânea, afinal, mesmo que alguns condenem, a felicidade é momentânea, é feita de pequenos e inúmeros momentos. Hoje (e sempre) o tempo voa, amor, vamos viver tudo o que há pra viver, vamos nos permitir...

sexta-feira, 27 de maio de 2011


Ain, como tem pessoas patéticas nesse mundo! E o pior é que o número cada vez multiplica.

Devo admitir que me garanto em tudo que faço. Pretensioso falar isso? Me desculpa, mas não é. Tudo que faço, faço com vontade, com amor, e isso torna todas as coisas fáceis e super interessantes. Com isso, sinto uma garantia maior e uma esperança que nada nem ninguém consegue abalar.

Sei que você gosta de mim, sim. Só deve gostar ou me admirar muito, pois se prestar a certos papéis r-i-d-í-c-u-l-o-s para simplesmente saber um pouco mais da minha vida, deve ser por amor, ou admiração, ou falta de confiança (não em outra pessoa, em si.), ou até mesmo alguma fantasia louca da sua cabeça. Tenho que admitir, te acho uma Boba! Pelo simples fato de se preocupar comigo.

Voltando as pessoas patéticas que estão soltas no mundo (não que eu tenha fugido muito do assunto). Sabe o que significa Patético segundo o Aurélio: “Que comove a alma; que enternece; tocante; triste: cenas patéticas”. (*A conotação de "idiota”, vem de que aquele que fala desta maneira (comovendo, sentimentalista. fresco) acaba se tornando chato, idiota.) Certa que não é exatamente assim que te vejo você realmente comove a minha alma (sem ironia), me toca, não tem o poder de me deixar triste, mas adoro ri das tuas cenas patéticas que pra mim significa uma pessoa que passa do nível de idiota (pra você também, né?). Eu fico comovida, emocionada e extasiada com tanta infantilidade.

Vai viver Querida! Curti o teu minutinho de conto-de-fadas ou de fama e ser feliz.

quinta-feira, 26 de maio de 2011


Apesar de toda a modernidade vivida pelas sociedades atuais, infelizmente ainda é comum encontrarmos casos de preconceito por causa de diferenças raciais.

"O Atlântico é pequeno pra nos separar, porque o sangue é mais forte que a água do mar"

Racismo é burrice.

O que pensar todas as vezes que leio e sinto todo o amor que ainda existe dentro de você e que te incomoda tanto? Não, não te incomoda, mas ainda te machuca, maltrata, tira do sério e te deixa sem jeito. Logo você que me parece tão forte e certa das coisas, quando a saudade toma conta te deixa uma mulher sensível e contraditória. Parece que tudo gira em sua cabeça e por não saber o que fazer, escreve... Escreve... Escreve pra tentar colocar pra fora toda a mágoa, toda tristeza e dor que ele (mesmo sendo honesto) te fez passar. E o pior de tudo isso é que você sabe que não vai adiantar ficar escrevendo, pois só vai te fazer lembrar todos os momentos bons que passaram juntos. Isso na maioria das vezes te causa revolta e sem perceber, as lágrimas vem.

Um dia escrevi no facebook, “O que houve com vocês? Talvez, por se parecer tanto com ele que houve o "abandono", mas quem sou eu para falar disso? Ta. Vou tentar te responder, sou quem esta com ele agora (meio óbvio?) e estudando tudo que aconteceu percebi que ninguém quer do seu lado uma pessoa muito parecida com você, que foi exatamente o que o tempo te fez ser. Uma cópia dele (feminino).”
Todos querem a diferença, o imprevisível, queremos algo novo e desconhecido. Pois veja bem, qual a graça e a emoção que teria estar tanto tempo do lado de uma pessoa que é exatamente o que você é, o que você faz o que você gosta. Uma pessoa que não te surpreende. É eu acredito na frase “os opostos se atraem”, porque para mim, realmente não tem graça saber qual vai ser o próximo passo de outra pessoa.

Voltando ao assunto do post, de verdade nada foi intencional, programado, nada foi feito de má-fé, querendo machucá-la. É eu sei que soa meio falso e que pode até ser esperado ouvi ou lê isso. Sei também que nada vindo de mim vai curar ou nem se quer subtrair a dor e todas as lágrimas do teu peito. Mas as vidas seguiram outros caminhos, que ninguém pode dizer até quando cada um vai caminhar neles. Eu tenho, você tem, e todos nós teremos que ter uma paciência quase inexistente para caminhar e vê onde cada caminho nos levará.

Sucesso! Felicidade! Amor! Saúde! Paz! Fé! Dinheiro! Companheirismo! Comprometimento! Força! Tudo de maravilhoso pra você, pra mim e pra todos. Afinal, merecemos.

quarta-feira, 25 de maio de 2011


Sonhar é preciso. Quem cria realidades mantém a mente sã. Foge daquilo que limita o dia a dia. Quem dera existisse um espaço onde nada fosse proibido. Onde o que se vive é mágico. Um lugar onde comer com os olhos é hábito. E se fosse possível pegar um pedacinho desse mundo? E se esse pedaço pudesse arrancar sorrisos? E se ele pudesse agradar a todos?

terça-feira, 24 de maio de 2011

Sabe descobri ontem (ontem mesmo!), que não existe nada de ruim em mim quando posso parar e respirar o mar. Aquele lugar, aquele cheiro me faz um bem desigual, como se cada onda levasse as coisas ruins e trouxessem os melhores sentimentos de volta. Me deixa BEM. Muito bem! Super bem!
Devo admitir que não gosto muito daquela sensação chata da areia roçando na pele.
Ontem tava meio entediada, sem ânimo, sem vontade, sem querer, sem forças... Precisava refleti, enxergar além, foi exatamente por isso que sair e encontrei tudo que precisava. No mar. Mas precisamente, no farol da barra! E sair de lá, me sentindo o melhor ser da fase da terra. Ain, eu precisava tanto daquele momento...
O mar me acalma, me tranquiliza e acima de tudo me energiza.
Fica a dica!

Reflita. Se perceba. Se decida. E procure ser feliz hoje. Buscar você mesmo em algum canto. E abraçar, beijar, seguir em frente sem olhar o que ficou.

Gosto de conforto, sim. Mas gosto de me sentir independente. De saber que posso comprar meus cremes, vestidos, minhas bobeiras. E o melhor de tudo: sem ter que comunicar a ninguém. É claro que me aperto. O que quero dizer é: cada casal tem o seu esquema, seu sistema, sua forma de ser e amar. E tudo bem assim, o importante é estar sintonizado (tem coisa melhor e mais gostosa?).
Insisto: não entendo como muitas mulheres não fazem simplesmente nada. Sei que muitas cuidam da casa e/ou das crianças. Muitas se dedicam aos estudos. Tudo bem. Mas não me conformo com aquela mulherada que só gasta o dinheiro do maridão ou dos pais, vivem de pernas para o ar e acham a coisa mais normal do mundo. Sério. Conheço mulheres que amam essa vida. Só passam a vida na academia, salão, lojas e fim de papo. Acho deprimente. O que elas querem hoje? Amanhã?

Honestamente, não gostaria de estar ao lado de uma pessoa que não tem nenhum interesse pela vida. Nem em evoluir. Tem coisa mais fútil que só olhar pra si mesmo? O legal de um casal é crescer junto. Antes de amar alguém a gente admira essa pessoa. O jeito, o caráter, as qualidades, a forma como ri, sei lá. Qualquer coisinha vira coisona.
Algumas pessoas, sejam elas homens ou mulheres, ficam ao lado de alguém só pra evitar a solidão. Mal se falam, mal se beijam, mal se tocam, mal se amam. Vivem de uma forma automática. E me pergunto: o que essa gente tem em comum? Se você está em uma relação furada, se olha para o lado e não admira mais o parceiro, se não tem nada que sustente seu relacionamento, desculpa, mas está na hora de mandar tudo para a oficina mais próxima. Ou arruma ou joga no ferro velho de vez. Não tem jeito. Chega uma hora que a gente tem que ser muito franco, sincero, usar toda a honestidade que existe na alma e ver as coisas como elas são.

Ruim mesmo é quem fica com alguém só para não ficar sozinho, afinal, o pior da vida é não se sentir confortável para ficar consigo mesmo e ainda assim ser feliz.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

De onde vem esse medo? Ain, não sei! Serio.

Não que eu faça alguma coisa esperando algo em troca (definitivamente não é isso!), mas acho que é bem natural de todo mundo, se você é super-legal espera que aquela pessoa, seja super legal com você. Se você é sincero, espera que a pessoa seja tão sincera quanto você é com ela. Se você é apenas simpático, espera apenas simpatia daquela pessoa também. E assim por diante... (Ou não?)

Sabe quando você bebe todas na noite anterior e quando acorda nem acredita nas coisas que fez e disse? A cabeça doi. O coração (tadinho!) vibra e fica se retorcendo todo. E o medo aumenta. Descobri que tenho um coração bom (não que antes eu me achasse miserável), percebi que confio demais nas pessoas e isso acontece naturalmente. Confio e ponto. E se ela me decepcionar? Eu sofro. Até choro. Mas, como prevê?

Escrevendo isso tudo, eu percebi por que tenho medo de certas gentes. Elas revelam um lado obscuro, podre e triste do ser humano. E, principalmente, elas provocam coisas ruins em mim também. Coisas que eu luto pra afastar. Coisas que eu não quero ser. Queria tanto saber em quem confiar... Saber com quem eu posso realmente contar...

Hoje eu to meio Louca! Nada aconteceu. Ninguém me deu rasteira nem nada do tipo, mas foi hoje que descobri o tamanho do medo que tenho de gente.

quarta-feira, 18 de maio de 2011


"Tudo na vida tem um preço!Mas um novo amanhecer sempre trás um recomeço. E todo recomeço sempre trás novas energias."

[ Daniel ]
Quem me conhece sabe que, se tem uma coisa que eu não sou… É medrosa. Sou daquelas que escolhe ignorar o perigo na maioria das situações e arriscar, muito. Mas ultimamente, quando o mundo tem ficado cada vez mais maluco e estranho, eu estou reparando que ando ficando com medo de gente.
Tenho medo de gente que olha torto, que desconfia de todo mundo, que coloca palavras na sua boca sem você nem perceber. Gente maldosa e leviana, que sequer percebe quando faz mal a alguém, e se percebe, não sente culpa. Tenho medo de gente que não fica preocupado ou não perde um segundo de sono ao magoar um coração, gente que sempre está por perto pra fazer um comentário sutil que coloque em dúvida a integridade e a boa vontade dos outros. Gente assim me deixa muito amarga.
Tenho medo de gente que fala do seu cabelo, do seu carro, do seu namorado, da sua família, da sua roupa, dos seus talentos, dos seus sonhos, das pessoas que amam você com olhos roxos de inveja. Gente que não consegue nada na vida, de nenhum jeito, e te culpa por ter conseguido, querendo que você perca. Gente que ri de canto quando acontece algo ruim com você, que te abraça, acarinha e consola sentindo prazer em te ver no chão. Gente assim me deixa seca.
Tenho medo de gente que não pensa. E tenho medo de gente que não sente. Gente assim me deixa mais fria.
Tenho medo de gente que não enxerga o pedido de ajuda de outro ser humano, seja ele quem for. Gente que não sente um pingo de culpa quando vê um mendigo, uma criança abandonada, uma pessoa dormindo na rua. Gente que não se incomoda quando vê outro sofrendo. Gente que se apóia em milhares de explicações racionais para justificar a sua preguiça, o seu egoísmo, o seu partidarismo, a sua discriminação. Gente covarde, que não dá a cara a tapa pra defender ninguém além de si mesmo, gente que primeiro pensa no que vai levar de bom antes de se envolver em uma causa. Gente assim me da nojo.
Eu tenho medo de gente que não sorri. Como pode alguém não sorrir? Não achar graça em nada, de nada. Não, não. Não tenho medo desse tipo de gente, deles eu tenho dó.
Sei que todo mundo tem suas fraquezas, e admiro quem luta pra ser diferente do que é. E sei que tem muita, mas muita gente mesmo diferente disso tudo, gente que, na essência, é gente boa. E essa gente não me provoca medo, e sim carinho, amor, esperança, tranquilidade… Alegria.

terça-feira, 17 de maio de 2011


''Prometa que sempre que se sentir triste ou inseguro ou perder completamente a fé, vai tentar olhar para si mesmo, com meus olhos''.

Ps: eu te amo.


Hoje tive os melhores sonhos. Sonhei com a nossa amizade, sonhei com os nossos melhores dias e os nossos melhores sorrisos. É incrível como algo que durou tanto tempo se desfizesse assim, em a mínima chance de segurarmos. Foi como se tentássemos segurar algo líquido. Nós nos esforçamos, eu sei e conseguimos segurar tudo por tanto tempo, não é verdade? Eu sei que ainda se lembra das nossas brincadeiras, dos nossos sonhos, das nossas alegrias e nossos medos. Eu sei que sabe que ainda te amo porque sabe que algo tão bonito não se acaba assim. Eu ainda me preocupo com você, ainda me preocupo com suas decisões e seus objetivos, e sei que vai alcançar todos. Espero que esteja feliz. São tantos sonhos se realizando... os meus, os seus, e nós sempre soubemos que eles tinham caminhos meio que opostos, cada uma pra seu lado, querendo alcançar seus objetivos.
Se cuida menina, seja feliz! Te amo, até um outro dia, até um outro sonho.

segunda-feira, 16 de maio de 2011


Acordo e cuido mais de mim, sorrio mais, faço o meu melhor pra um futuro bom. Não grito mais com pessoas que convivo e tento ser mais agradável com alguns que já não era. Voltei a olhar no rosto, nos olhos de algumas pessoas, nem me lembrava mais a última vez que havia feito isso antes. Tudo está aparentemente bem, não há tristeza nem aquela angústia, apenas a saudade que me persegue cada dia mais e o dia inteiro. Pensamento positivo apesar de tudo. Mas quando chega a noite não consigo dormir de jeito algum, tento descobrir o porque, ver o que há de errado. Nada encontro. Uma irritação, inquietação me consome, e é ai que surge a tristeza, a saudade, a dor, a falta... Luto por mais algumas horas e enfim durmo... acordo pela manhã, e o ciclo recomeça.

sexta-feira, 13 de maio de 2011



Talvez eu ande menos romântica e sonhadora. E não sei se isso é essencialmente bom e saudável para mim. Logo eu, um ser tão emocional. Tenho ouvido histórias de coisas desfeitas, o que me dá um aperto imenso na garganta. Como pode um amor não ser mais nada? Como pode uma pessoa abandonar aquela vida tão certa, tão direitinha, tão lar-doce-lar? Como? Simples, abandonando. Uma hora as pessoas se enchem umas das outras. Uma hora o amor pode virar as costas. Uma hora uma loura estonteante pode cruzar seu caminho. E te deixar com a cama vazia e o coração em frangalhos.

Tenho medo, confesso. Confesso e repito: tenho medo. Isso que chamam amor pra mim é um sentimento tão importante. Sei que pra alguns outras coisas importam mais, mas o amor pra mim tem importância extrema, fundamental. Sou mulher e nós somos assim.Alguém tem culpa pelo fim da relação? Não. A gente começa um relacionamento a fim de eternizar o romance. Ninguém quer o fim, não. A gente quer continuar junto. A vida, muitas vezes, prega surpresas, nos pega de jeito e diz chega-acabou-deu. E o amor termina.

Não quero que o meu amor acabe nunca. Mas não tenho (infelizmente) o dom de prever o amanhã. Sei que aprendi coisas lindas e inexplicáveis, sei que palavras não cabem aqui para descrever o tanto que amo, sei que se eu fosse contar pra você cada pedacinho da história você ficaria encantada. Só que se for pra acabar, acabou. Se for pra terminar vai terminar - eu querendo ou não. Gostando ou não. Amando ou não. Só espero que você nunca chegue pra mim e diga não-te-amo-mais. Essa frase deve doer muito pra quem ouve. Se for pra acabar, que seja com amizade, respeito e carinho. E que seja para o nosso bem.

Ontem deu um pane geral no blogger. Nem comentários, nem novos textos, nem nada. Como se não bastasse, os textos que publiquei, simplesmente sumiram!
Resolvi colocar um(dos que sumiram).
Espero que isso se resolva o quanto antes. Não sei se meus textos vão reaparecer, em todo caso vou tomar mais cuidado.

Obrigada.

Ontem eu o encontrei. Foi estranho e revelador. Tão prazeroso perceber o quanto te acho lindo. Que aquele sorriso encantador, me deixa com uma cara meio de bocó. Que o andar confiante, é ainda mais confiante, agora. Comecei a desconfiar até que o olhar sincero, ontem, me hipnotizou. E essa magreza? Digo e teimo ser elegância! Onde eu estava com a cabeça, Big God? Que não pude enxerga-lo antes. É, eu acho. E melhor, tenho quase certeza.

quarta-feira, 11 de maio de 2011



"Minha esperança é imortal, e eu repito: Ouviram? i-mor-tal!
Sei que não dá pra mudar o começo mas se a gente quiser, vai dá pra mudar o final."

terça-feira, 10 de maio de 2011



Olhando para o passado me dou conta que não precisava ter me estressado tanto com coisas inúteis. Sempre tive quem me explicasse isso. Minha mãe, apesar de ser extremamente estressada, me diz quase diariamente que eu arrumo problemas. Eu arrumo mesmo, assumidamente. Quando a minha vida está free, eu invento um problema. Eu podia ter sido menos impulsiva, menos dramática, menos emotiva, menos chorona, menos infantil, menos preguiçosa. Eu podia ter pecado menos. Podia ter deixado para trás todo o lema da sociedade absurda em que vivemos: tem-que-ser-tem-que-ter-tem-que-fazer. As pessoas fazem sem vontade. E eu gosto é de saborear a vida.


Sempre fui de inventar romances, para mim e para os outros. Digo para quem quiser ouvir: eu seria uma cafetina de alto nível, não tem nada mais gostoso do que juntar casais. Coisa bem boa ver o povo feliz. Cenas românticas sempre me encantaram. É claro que precisa ter um teatrinho, alguma lágrima, reencontros, o casal se separa, a mocinha decide viajar, quando uma relação termina a mulher sempre corta o cabelo ou vai viajar para esquecer, já percebeu? O cara se joga no trabalho e na birita. Fica o legítimo Galã da Sarjeta. Então o relacionamento termina, ela arruma as malas e diz vou-sair-da-sua-vida, escreve uma carta contando o quanto está infeliz e amargurada com o fim de tudo, deixa embaixo da porta da casa dele, vai para o aeroporto, nada dele aparecer, ela se desespera e pensa ele-não-me-quer-mais-e-na-carta-eu-dizia-que-queria-ele-de-volta, ela funga, decide entrar na sala de embarque e bem nessa hora acontece. Pausa dramática. Ele chega, olhos vermelhos, meu-amor-eu-te-amo, o cabelo bagunçado por ter corrido até o aeroporto, afinal, o pneu furou, não tinha táxi, ele pegou carona numa kombi antiga e um senhor de bigode dirigia lentamente e ele disse deixa-que-eu-vou-mais-rápido. Isso, ele chegou na hora. Reconciliação. Amor eterno, vamos-ser-felizes-para-sempre. The end.


Pode rir. Mas ria muito. Dê gargalhadas. Desde pequena tenho fascinação por finais felizes. Aquele amor que passa por provações, adversidades, separações. Deve ser por isso que para mim foi difícil lidar com um amor seguro, tranquilo. Nossas famílias não são rivais, ele tinha namorada antes, eu tinha namorado antes, ninguém traiu ninguém, a gente se conheceu, tudo aconteceu devagar, foi natural, foi encantador, foi simples e eu sentia aquilo estranho. É por isso que no começo (e confesso que ainda tenho recaídas) eu criava qualquer probleminha barato só para fazer um Amor Shirley Maclaine. Então eu entendi que não preciso disso para viver. Posso fazer um Amor Kariny Freitas e tá tudo bem assim. Tudo bem pra mim, pra ele e pro amor em si. Não precisa andar de montanha-russa e sair gritando. Não precisa bater porta, falar alto, rasgar foto, carta, cartão e bilhete. Não precisa brigar pra ter reconciliação. Não precisa passar noites em claro chorando. Não precisa revolta nem briga. Mesmo porque, obrigada maturidade, o amor não é esse bafafá que mais parece uma festa com música eletrônica.

Quando você vive um romance, o típico romance-amor-da-vida-que-não-acontece-pra-qualquer-mortal, desaprende muitas coisas para poder aprender outras. Eu, que sempre fui de inventar, parei com fantasias para poder viver o mundo real. Eu, que sempre gostei do frio na barriga que a montanha-russa traz, entendi que para viver um amor ele precisa nos dar equilíbrio. E a montanha-russa, por mais forte que seja o cinto de segurança, é sempre um risco. Eu, que sempre gostei do risco, hoje não arrisco perder uma parte minha que ganhei. Hoje em dia a coisa tá bem, bem difícil. Estamos vivendo um momento de amores vazios e relacionamentos fast food. Eu acredito. Acho que antes eu acreditava em fantasias e sonhos. Hoje eu acredito numa realidade, aquela que a gente vive dia após dia, noite após noite.

segunda-feira, 9 de maio de 2011


Sabe quando me frustro? Quando vejo que o que eu faço não tem a menor importância. Que meus desejos são coisas supérfluas. Que meus sonhos não têm valor. Me frustro quando vejo que você cruza os braços para a minha vida. Me frustro quando fico em segundo plano. Me frustro quando ouço sou-assim-e-não-vou-mudar. Porque eu mudo. Eu mudo todo dia. Porque estar em um relacionamento é se transformar, é fazer sacrifício, sem perder a nossa essência. A gente não precisa deixar de ser a gente mesmo. Mas pra dar certo a gente tem que querer tentar. E não dizer eu não vou mudar.

Sério, não entendo. Sabe quando você simplesmente não entende? Sei que as coisas são assim, num dia estão bem e no outro já engatinham novamente. Mas nem sempre compreendo. A gente se dá, tenta deixar as coisas em ordem. A gente se esforça, deixa as próprias vontades de lado pra ver outra pessoa feliz, ainda que por poucos segundos. E recebe de volta o quê? Uma palavra mais áspera e um não entendimento. Desculpe, não entendo.

Como posso me dar tanto?, me pergunto. Não sei, só sei que não dá pra ser de outro jeito. Se for, acredite, vai dar errado, não vai vingar, não vou ser eu. E isso eu prezo muito: ser eu. Nem sempre é bom, às vezes é bem dolorido, lateja, sangra. Mas me aceite. Posso ser tudo, menos mentirosa. Posso fazer tudo, mas procuro tratar todo mundo bem. Posso até ter um certo ciúme do passado, mas não sou maluca. Entendo que o que foi, foi (ainda que fantasmas apareçam volta e meia assombrando minhas noites). Se a minha cara não estava legal, desculpe, mas eu não estava legal. É bem simples. E você entendeu? Me diz, entendeu? Com toda aquela praticidade, disse ah, era só tomar um ar. Não, não era. Eu estava me sentindo mal de dentro pra fora, de fora pra dentro, nenhum ar resolveria, só a distância de fumaça, calor, barulho. Além do mais, vou ficar menstruada – e isso conta muito. Meu humor fica abalado, meus peitos ficam doloridos, sinto enxaqueca e minha pressão despenca do décimo andar. Acho que se fosse em um dia normal eu nem teria chorado. Mas chorei, tá ouvindo? Hoje eu chorei e pensei: não acredito nisso. Tá ouvindo? Eu chorei, fiquei magoada. Eu sou sensível, ouviu? E, confesso, nem sempre sou fácil de ler. Mas quem é? Tudo bem, falo de mim, deixa os outros. Não gosto de me sentir assim, acusada, acuada. Nunca apontei o dedo julgando uma cara sua – Procuro respeitar e entender. Por isso, talvez eu queira ser um pouco entendida – e não julgada. E se eu brinco, ai, desculpa, minhas brincadeiras não fizeram Curso de Boas Maneiras. Elas atravessam no sinal vermelho, usam saia indecente e mascam chiclete de boca aberta. Não se sinta magoado por isso. Vou tentar melhorar, eu prometo. Nem pedi atenção, só entendimento. Nem queria mimo, só justiça. Nunca gostei de palavras mal ditas.

sábado, 7 de maio de 2011



Ando com profunda preguiça de gente. Sempre acreditei que ser feliz era uma espécie de obrigação. Não, não é fácil (quem diz que sim está mentindo descaradamente). É tarefa que dá trabalho, mas compensa. Ser infeliz é tão, mas tão chato. E deixa a pessoa com a pele sem vida, o olhar sem brilho, o sorriso amarelado que nem foto antiga.
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Tem gente que encara tudo com uma seriedade absurda. A gente deve rir mais da vida e das desgraças. É claro que às vezes a coisa enrosca, aperta, complica, pesa. Mas tem que saber dar a volta por cima, rir, rir, rir. Rir absurdamente. Rir desajeitadamente. Rir escandalosamente. Inventar um riso e rir pra ele. Inventar um riso e rir dele mesmo. Inventar e rir de si mesmo.
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Intriga dá ruga. Fofoca dá pé de galinha. Infelicidade deixa o coração capenga. Tem gente que não compreende um momento. E essa falta de compreensão vira inveja. E inveja não é coisa boa pra levar no peito. Hoje sei que ser eu é tão bom. E tão louco. Mas eu me entendo comigo - e assim sigo. Me envergonho de poucas coisas. Me orgulho de muitas, principalmente de me aceitar como sou e ainda assim ser feliz. Sem medo nem vergonha.
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Hoje o que vejo pessoas desesperadas por uma gota de amor, atenção, carinho. Por isso, endurecem. Criam escudos, vivem uma vida falsa com sorrisos falsos. Mas quando você deita a cabeça no travesseiro sabe que está só, que falta alguma coisa, que sobra sentimento escuro e falta aquele sentimento claro, nobre, bom, que preenche os vazios e enche a casa - e o estômago - de borboletas coloridas.
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A gente demora, mas aprende: existem os que só sugam e os que só procuram quando precisam. É preciso ter mais leveza para viver. E mais força para aceitar o que os dias nos trazem. Jogue fora suas mágoas. Cada um sabe o que sente e como sente. Tem muito sentimento bom dando sopa por aí. Agarre um pela mão e seja feliz, ao invés de ficar se lamentando e falando mal dos outros.

quarta-feira, 4 de maio de 2011


E eu me surpreendo a cada dia com ele.
Eu enchi nosso caminho de obstáculos e ele retirou cada um com tanta delicadeza

[Fernanda Barcellos]

segunda-feira, 2 de maio de 2011


A sensação de eterno dá conforto, acalma os ânimos e oferece um cobertor para os sonhos. Vamos fazer um exercício emocional? Fecha os olhos e pensa na pessoa mais importante para você. Não falo do seu pai, mãe, irmã ou avó. Falo da pessoa mais importante no âmbito sentimental, falo de amor e romance, tesão e paixão. Sabe aquela pessoa que faz você ter vontade de ser melhor a cada minuto? Sabe aquela pessoa que faz você pensar ele-vale-qualquer-dorzinha-que-o-amor-causa? Sabe de quem falo agora? Então, pensa nele. Fecha os olhos e pensa bem forte, até a imagem da pessoa surgir na sua mente. Pensa na pele, na expressão dos olhos, na cor do sorriso, nos cílios. Pensa no impensável. Pensa naquilo que só você conhece, um jeito de rir, de escovar os dentes, de ser. Agora se concentre em você, na sua sensação. Eu aposto que seu coração se sentiu em casa, um velho conhecido daquela imagem que te faz tão bem. Porque quando a gente tem um sentimento forte por alguém, a gente se sente bem. Quando o mundo desmorona, basta ter a pessoa ao lado.

Entenda: não existe amor que não doa. O amor, pra ser amor, precisa ser verdadeiro. E as coisas verdadeiras às vezes machucam. Não dizem que a verdade dói? Então, pra quê achar que o amor é cor de rosa? Um dia, alguém puxa o seu tapete. Você entende que nem sempre a vida é filme bonito. Ei entende isso: a vida não é filme bonito. Entendeu? Eu ainda não entendi, por isso sofro. Ai, eu sofro, eu confesso, eu me entrego e me arrebento. Mas é tão bonito acreditar em filme bonito. Posso? Então vem comigo: acredita também, a gente pode gostar das bonitezas da vida juntos. Que tal? Topa? Então vem. Agora vou te contar uma história, mas não dorme.

Sempre acreditei, apesar de ver muitos desaparecerem, no casamento. O vestido branco eu quero, o sobrenome eu quero, assinar o papel eu quero.
Deve ser porque eu acredito (e nunca vou cansar de dizer isso, meu Deus) no amor. Acredito mesmo. Isso é cafona, eu sei, mas eu sou completamente cafona, cafoníssima, cafonérrima. E choro. Eu choro na TPM, eu choro quando me dá uma dor no peito, eu choro pra botar a mágoa no seu devido lugar, eu choro quando meu amor tem que voltar, eu choro de saudade do meu avô, eu choro pelo que nem sei. E choro, também, de amor. Com uma declaração bonita, com um presente, com um abraço bom. Tem coisa melhor que chorar de feliz, por amar e ser amada? É inexplicável.

Antigamente, achava que eu encontraria o cara certo, que seria um príncipe. Por que a gente sempre pensa assim? Não me chame de ingênua, por favor. O cara certo não existe, o que existe é o cara que você ama esse sim é o cara certo pra você. Não tem gente perfeita no mundo, aceite, eu aceito, a gente diz "sim" e vamos ficar até que a morte nos separe entendendo que ninguém vai ser como você e eu queremos. Topa? Então olha pra mim e diz que sim. Nas minhas viagens emocionais, eu acharia o cara certo, que se ajoelharia no chão, olharia no fundo dos meus olhos castanhos, tiraria um anel fabuloso do bolso e diria quer-casar-comigo? Uma lágrima escorreria dos meus olhos, o sorriso pularia boca afora e ele continuaria você-é-a-mulher-da-minha-vida. Ou então, que nem vi num filme: o-que-você-quer-fazer-pelo-resto-da-sua-vida? Me arrepiei. Meu peito parecia explodir de tanta faceirice ao ver aquela cena. Repeat, repeat, volta, de novo. Lindo. Sim, sim, eu quero, eu aceito. Fim. A gente viveria lindo e feliz e nossa vida seria demais, sem trovões, sem o carnê vencido, sem conta pra pagar, sem ciúme, sem por-que-deixou-a-toalha-molhada-em-cima-da-cama? Stop. Desliga a TV e vamos falar da vida fora das telas.

Descobri que a mágica está inteirinha no dia a dia, que é bom na maioria das vezes, e que algumas cenas andam em câmera lenta, de tão lindas, e que um dormir-e-acordar ao lado de quem você ama é a coisa mais valiosa que existe. Isso, sim, é coisa de cinema e o preço é se entregar: pague se tiver coragem.